- Não há espreguiçadeiras?
- Ainda não.
- Ok, podemos então utilizar as sombras dos guarda-sóis [aqueles fixos, com ar tropical]
- Sim, à vontade.
- Ok, obrigado.
Nem começamos a andar à procura de lugar para estender as toalhas e somos abordados por um, digamos, cavalheiro que diz assim muito sério:
- O Sr. queria o quê?!
(deve ser o dono, pensei eu)
- Queria saber se há espreguiçadeiras.
- Não há! Tem as sombras e já não é nada mau. A época balnear ainda não abriu, amigo.
Podíamos ter respondido:
a) A época balnear não abriu, amigo, mas o seu bar já. O seu argumento é uma merda.
b) Ninguém falou consigo.
c) A praia está cheia, as espreguiçadeiras estão empilhadas. Ó amigo, você é danado para o negócio, pá!
d) Porque é que está de bóia se passa o tempo na areia de volta do bar? Ah, desculpe, não é uma bóia...
Mas não respondemos nada e fomos estender-nos o mais longe possível do bar de praia e do sossego que a música house conferia ao local.