domingo, 28 de novembro de 2010
Grande Exposição do Ano em Serralves
sexta-feira, 26 de novembro de 2010
terça-feira, 23 de novembro de 2010
Contra o nacional-pessimismo, coisas boas de Portugal - Só a aquecer
segunda-feira, 22 de novembro de 2010
Deve ser Inverno
sexta-feira, 19 de novembro de 2010
Contra o nacional-pessimismo, coisas boas de Portugal
quinta-feira, 18 de novembro de 2010
Contra o nacional-pessimismo, coisas boas de Portugal
terça-feira, 9 de novembro de 2010
Da infância
Foi Assim que Ontem Fiquei Cinco Euros Mais Pobre
Fomos à Culturgest, essa casa da cultura, ver a peça Inferno de August Strindberg encenada pela Mónica Calle.
Antes de começar vem um tipo pedir para desligar os telefones, pedir desculpa mas que hoje não vai haver tempo para conversas após o espectáculo pois é dia de desmontar, e dizer (ou avisar) que a peça tem duas horas e meia sem intervalo mas se quisermos podemos sair e voltar a entrar.
Aqui tive vontade de rir pela primeira vez mas nada de especial. Tipo "Estamos aqui a trabalhar para criar este espectáculo mas podem bazar e voltar na boa, a malta não leva a mal, não nos apeteceu fazer intervalo que a malta não ganha à hora e quer é ir cedo para casa."
Depois aquilo começa, seca, as "actrizes" a debitar texto e a primeira engana-se. Em vez de disfarçar e deixar como tinha dito não, corrige. A minha companhia manda logo um risinho mas eu achei que pronto, são coisas que acontecem.
Isto aconteceria mais umas vezes mas entretanto eu adormeci.
Acordo passados uns minutos e já passou uma hora de peça. Uma "actriz" atira-se para o chão, levanta a cabecinha e começa a debitar texto. A minha companhia começa a tentar conter o riso e eu ainda a tentar manter a compostura "Então man?" E aí há uma segunda senhora que se atira, a palavra certa é MERGULHA porque como o palco estava coberto de folhas secas ela desliza um pouco desamparada mas recompõe-se, levanta a cabeça e diz o texto muito séria. Ao meu lado ele desmancha-se a rir, eu começo a apertar o nariz para não fazer barulho e parecemos dois gatos a miar baixinho "miiiii miiiii" e as lágrimas escorrem-nos pelo rosto. Ele não aguenta e diz "Tenho de sair, até já"
Sabem como estas coisas são, fica-se ali sozinho a lembrar do episódio e não conseguimos parar de rir, estou eu com imensa dificuldade (senhor ao lado muito sério a detestar-nos) e há uma terceira que mergulha. Não dá senhores, tive de sair da sala literalmente a correr com a assistente de sala a apontar para as escadas com a lanterninha e cá fora rir rir rir até mandar aquilo tudo para fora.
Foi assim...
Incultos de merda é o que nós somos.
Nós e as pessoas que estavam cá fora a gozar também.