domingo, 15 de novembro de 2009

Em Nome do Pai, do Filho e ... do Primo!

A família deve ser o nosso reduto sagrado, aqueles que estão sempre lá, que nos amparam e nos sossegam, que gostam de nós pelo que somos, que em nós têm orgulho e de quem nós nos orgulhamos. Imagino portanto, como sofre o José Sócrates (foi traído já por metade da família), como sofre o Isaltino Morais (com o primo a roubar-lhe dinheiro para uma conta na Suiça, que ele desconhecia)e agora como sofre o Manuel José Godinho ( com o filho também metido ao barulho). Ainda por cima vindo aí a época Natalícia, da família por excelência e esta gente, com a mesa mais vazia, traídos pelos que mais amam. O José Sócrates será o que mais sofrerá neste Natal, três ausências na mesa da Consoada: o Gordo, esse ignóbil que usava o nome do primo; o primo, o outro que está na China no kung-fu, que ainda não descobri se é primo do outro primo ou se é só filho do tio, o sr. que tinha Parkinson. Isto dos primos, comove-me especialmente. Lembro-me da infância e do primo Paulo. Sobrinho paterno, preso em Custóias por meio ano, por um crime que até hoje desconheço, porque durante anos não se podia tocar no assunto e porque hoje já ninguém se lembra muito bem . A minha mãe viveu anos sob o terror de ver a notícia espalhar-se (mesmo vivendo o primo Paulo a uns 50 km de nós) e a honra da família materna ser irremediavelmente manchada. Nessa altura, aliás, Custóias era uma palavra maldita que atormentava a minha vida. Para além do primo Paulo encerrado na masmorra, havia ainda o Franklin, filho do senhor Clemente e da Quininha, vizinhos do lado. Desse eu sabia. Tudo. E morria de medo do dia em que o Franklin saísse da cadeia e voltasse à aldeia. O Franklin tinha dado um tiro no calcanhar da namorada. Isto fazia do Franklin para além de assassino, vesgo, com uma péssima pontaria que me fazia temer pela vida, caso ele decidisse voltar a pegar numa arma e aquilo lhe fugisse das mãos outra vez. É por isso, que toda esta gente me comove. Haverá menos alegria neste Natal, menos presentes para troca. De certeza que o desgraçado do primo do Isaltino se vai esquecer de lhe mandar uns chocolates da Suiça…e que o Gordo do primo do Sócrates lhe vai comer o bolo rei todo, com o tio do Parkinson a babar-se sobre as filhoses e o outro a quebrar a loiça com golpes de kung-fu. Nãos lhes invejo a sorte. Eu por mim, não pretendo convidar o primo Paulo e o Frankin, com a graça de Deus, foi viver para França. Resta-me a solidariedade e o desejo de um Santo Natal a todos.

3 comentários:

Pulha Garcia disse...

E eu que ainda não tinha dado por este blog! falha minha!

A família do Sócrates parece realmente feita de Frankensteins mas na realidade o eleitorado Português, desejoso de receber apoios do Estado, não quer verdadeiramente saber se os governantes que escolhe são ou não corruptos ...

Cumprimentos a todos e à S. em particular ("Num se binha" ahahhahahah)

Simone de Oliveira disse...

:) Entra, entra na nossa humilde casa, que és muito bem vindo:)
A S. retribui os cumprimentos e como diz um amigo nosso;) All the best.

Chica Bacana disse...

Epá, anda uma gaja a esforçar-se para meter isto bonito e vens tu e espetas uma imagem dessas? Mas queres fazer disto um blogue a sério? pché... *