quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Porque escrevias tão bem, Vergílio

"...Vou-te amar intensamente como nunca. Amei-te com avidez precipitação impreparação juvenil. Havia uma distância enorme de permeio e eu tinha de a preencher. Amei-te depois com luxúria como se diz no catecismo. E amei-te como cumprimento de um horário semanal. Com raiva e humilhação quando andaste, eu nem sei se andaste lá com o teu colega patarata.
(...) Preciso tanto de te amar - e como te vou amar? Não sei. Vou-te amar no infinito da tua perfeição."
in Em Nome da Terra
Vergílio Ferreira

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