Por estes dias em que o frio é lugar comum (toda a gente se queixa do frio, lançam-se alertas de todas as cores, fazem-se aberturas de telejornais e reportagens ridículas em que velhos de nariz vermelho, lembram tempos idos, quando o frio é que era) revejo mentalmente os planos de viagem, atrevo a temperatura exacta da água a bater-me na canela das pernas, fecho suavemente os olhos perante a evidência descarada do sol e do sal. Ignoro o frio. Ignoro as cores dos alertas. Alimento-me de azul e faço círculos perfeitos nos mapas. Nada me vence: nem esta tristeza branca, nem esta ausência de luz, nem nada, nem ninguém. Alinho as imagens na minha cabeça, guardo as moedas pretas, as brancas, as notas, os extractos bancários e os certificados de aforro. Travo os anos, avanço os meses e vou. Zanzibar. Zanzibar e é música de embalar.
domingo, 10 de janeiro de 2010
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2 comentários:
Adoro o recorte da segunda fotografia.
:P Tenho uma estética foleira a manter!
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